18 janeiro 2007

On one hand...





... and on the other:


14 janeiro 2007

The Last Rose of Summer


’TIS the last rose of summer
Left blooming alone;
All her lovely companions
Are faded and gone;
No flower of her kindred,
No rosebud is nigh,
To reflect back her blushes,
To give sigh for sigh.

I’ll not leave thee, thou lone one!
To pine on the stem;
Since the lovely are sleeping,
Go, sleep thou with them.
Thus kindly I scatter
Thy leaves o’er the bed,
Where thy mates of the garden
Lie scentless and dead.

So soon may I follow,
When friendships decay,
And from Love’s shining circle
The gems drop away.
When true hearts lie withered
And fond ones are flown,
Oh! who would inhabit
This bleak world alone?

Thomas Moore

183 - Sunset over Maadi



Do nosso quarto de hotel no Cairo, vens da janela, exibindo vestidas as roupas que compraste no mercado; eu, estendido nas almofadas, contemplo-te. Vens até mim, em gestos de dançarina, agarras-me pela mão: ouço os berloques das pulseiras. Levanto-me para ti, e levas-me até à varanda, onde, de lugar algum, começa a soar esta música...



03 janeiro 2007

Supermoves



Vou no deserto, corro, arrasto-me pela areia, pareço o esplêndido Lázaro, escorrego nas dunas, levanto-me, enterro os pés no chão, as pernas fraquejam mas obrigo-as a correr, a ir rápido, a mover-me rápido, a rasgar o ar que desliza pela minha cara como uma lâmina. Quero fugir de ti, do teu nome, do que és em mim. Imagino-te num lugar distante de onde fujo, e dou balanço para correr ainda mais rápido, levanto-me, e já não sei donde corria, por isso corro a partir de onde estou, para onde estou virado, imagino-te num lugar atrás de mim, fujo de ti, que afinal não és tu, é a minha projecção de ti em mim, a areia que salta das minhas passadas desliza-me como o sol, o ar é tão rarefeito que me sufoca, os olhos mal se abrem. Paro. Tento recuperar o fôlego.

Descansar um pouco
Mas começo de novo a voar
Para junto de ti
Quero-te!, quero estar ao pé de ti, contigo, ser um só contigo! Onde estás? É para aí que vou! Quero-te! Não posso estar sem ti!, corro desabridamente para ti, preciso estar próximo de ti, só contigo estou vivo, é em ti que posso encontrar a cura da seca deste deserto que sou eu, vou até ti, que estarás ao fundo, logo além do horizonte para onde olho, sim, só pode ser ali, é para aí que vou, é para ti que vou, as forças faltam-me mas não paro de correr, o ar foge-me mas não paro, vou a ti, vou a ti, vou a ti!
o deserto nunca mais acaba
é contínuo
sou-o.

02 janeiro 2007

Metáfora de ti...