15 julho 2009

No pátio da tua casa, o lume ia escurecendo algumas febras, algumas barrigas, e também umas salsichas frescas, e iluminava à sua volta a noite que já estava de todo afirmada no imenso céu. Nós dois, à mesa, íamos rindo, mandávamos uns ditos mais espirituosos um contra o outro, e comíamos. A um dado momento, levantei-me e sentei-me a teu lado. Peguei nos teus talheres, preparei a tua comida e fui dando-ta à boca; também um bocado de sumo, quando tinhas sede; passava-te leve o guardanapo em torno dos lábios, quando era preciso; e as mais das vezes os meus dedos passavam, ligeiros, no teu pescoço, debaixo do cabelo, circundavam a orelha, pousavam no ombro. O ambiente ficou mais silencioso, depois de tu, a princípio, te teres rido da situação. Olhaste-me bem nos olhos, pegaste-me nas mãos e conduziste-me ao quarto. Sentaste-me na cama, para te ver enquanto tu, de pé, te despias. Os nossos olhos não se largavam. Quando apenas a roupa interior se mantinha sobre ti, levantei-me, pus as minhas mãos nos teus ombros, e beijámo-nos. Rapidamente me desfiz das minhas roupas, e ali mesmo, em pé, sentimo-nos. Eu apertava a tua cintura contra a minha, tu estonteavas-me o cabelo com as mãos, e a língua com a boca. Depois... houve magia.